domingo, 27 de setembro de 2009

Norturna


Cansaço e vertigem de ontem
Do chão o vento levanta
Folhas e segredos.

Bete- Sita

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pasta Cerâmica


Barro, ele, plural. Argila, ela, nada singular
Só...E possível, ecoa em cacos, atemporal.
Sentimento ângular de beleza escultural.

Bete-Sita



Fita Seda Métrica


Fusos, furos, pespontos feridos
Corte desmedido em verso cerzido
Encanta, provoca, decanta sentidos.

Bete-Sita.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Suspiro por escrito

Escorrego no humos dos versos
Corpo deságua sem saber margens
Mero estuário de tuas marés.

Bete- Sita.

Abissal


Navegar de nau
Meu avesso
Espiral

Bete-Sita


Amado


Coragem do verbo sem ação
No passado primavera em livro prensado
Hoje grito escarlate calado.

Beta-Sita

sábado, 19 de setembro de 2009

Amanhecer


Longos dedos d'água tamborilham as vidraças
O pássaro alardeia secreto sonho
Despertar de lascívas asas.

Bete- Sita


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Drambuie

Escoa em côncavo gole...
Na inquietude do desejo, a pele prata,
Suspira a forja em líquidas letras.

Bete- Sita

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os dias


Brancos, sono e neblina
Poeta bruma ou cristal colina?
Sede perfumada de folhas quentes.

Bete- Sita.

Indiferente

Carne quente,
gélido incendiar,
colada distância do verbo amar.

Bete- Sita

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Marinas

Em retinas ritmadas de desejo
Olhares anistiados se escavão.
Gozo calado sem cortejo.

Bete- Sita

Molhada


Noite em mistral talhada
Jangada em letras fio d'água
Corpo areia e peito frágua.

Bete- Sita

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Desfazer


Palavras seara
Flor sem jarra
Inconstante samarra.

Bete-Sita

Vai um cafezinho???

Cem bocas xícaras chamam
A L M O Ç O
Cem rasos píres descansam
(- CADÊ AS COLHERINHAS???)

Bete- Sita

domingo, 6 de setembro de 2009

Poema Puro


Silêncio sustenido.
Ouço em concha
O mar do teu grito.

Bete- Sita

sábado, 5 de setembro de 2009

Private view


Nos lábios, debrum de versos,
hálito de poemas inéditos.
Gozo suspenso em lençol perverso.

Bete- Sita

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ao vento


A mulher que vai e não fica
O homem que vem e que passa
Sinuosa escrita em fumaça.

Bete- Sita

Palavras Atadas


Desastrosamente embaralhadas
Zanzando nos blogs
Como almas penadas.

Bete- Sita

Flutua...

Em rio palavras mergulha
Sem querer, tépida verdade revela.
Todo o mundo, tela inerte, esvance.

Bete- Sita