segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Giro Vazio

Da palavra-chave, o cerco
Trancadas as sílabas, a frase vasa
Fim. Sem som do encaixe.

Bete-Sita

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Chuva


Em minhas paredes ecorrega
Vai fazer vai passar
Se pelo menos com ela caisse a palavra certa.

Bete-Sita


Por alguns minutos


Muitas asas cortaram a respiração em meu peito
Não foi nada
Apenas um poema quase perfeito.

Bete-Sita

Faminta


Quero afroxar com minha língua as tuas tintas
E num risco suspenso
Beber tua tela limpa.

Bete-Sita


O dia


Posso jogar o passado e até Borges no lixo.
Mas você, você sempre espero,
Que siga, distante e comigo.

Bete-Sita

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Presente



Nossa rotina  indolente
Na palavra quente que me dissolve à noite,
Dos mesmos dias, sendo sempre diferente.

Bete-Sita

Palavra aberta


 Ah como queria a lágrima,
Em nuvem, perda ou mágoa!
Anágua da memória rasgada.

Bete-Sita

Preto no branco


 Não senhor, o que este olhar aqui vê,
É apenas um contador de histórias,
Justificando o que já foi escrito como memória.

Bete-Sita

Sentença


Escrevo nas paredes desde pequena
Nos fundos gavetas rabisco desennhos e curtos poemas
Nas folhas de papel apenas barquinhos e algemas.

Bete-Sita


Vintage

 
Fui para ti "flor que bailava"
Fostes o olha atento que pertubava
Depois de tanto tempo, damos risadas.

Bete-Sita

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tênue


A fumaça do incenso
Escreve poema com asas.

Bete-Sita



Sal na terra


O som da rabeca e o ritmo da ciranda

Livros da biblioteca
Com perfume de lavanda.

Bete-Sita