Esfinge de pedra, estátua de praça
em curva nada pública,
nos olhos tantos segredos,
os brilhantes e os negros.
Mulheres amadas, mulheres mal amadas
cantadas como pobres coitadas,
mulheres são sol, onde se pode pousar,
e aguardam o estio para então libertar.
Ambos percebem que o amor é dança
e ficam tontos de tanto dançar.
Mas amor é dança que muda de par,
só os sãos podem o parceiro solto no salão apreciar.
O que se pretende ocultar?
Belo intervalo, que por pura ousadia
de salto perdido, pretende-se perpetuar.
O amor no tempo ensurdece e até enfastia.
Mulheres que não são da companhia,
há homens que temem essa possível sincronia.
Amor é balada triste que cochila,
acalentada nos acordes e trinados da própria alegria.
acalentada nos acordes e trinados da própria alegria.
Bete-Sita
Um belo poema num geito muito original de poetar.Parabéns.
ResponderExcluirGentil Arnoldo... Obrigada pelo carinho e pela visita. Beijo.
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