tocando o vento
despudoradamente
senti o verso de tua carne
e em meu ouvido tua voz arde.
nas cascas de árvores
iluminadas pelo poente
sigo lendo palavras que em ti
ainda não fazem alarde.
e folhas altas, todas verdes
presas e agarradas,
emitem sons orquestrados
contra o céu azul, muito azul.
mas não há norte ou sul
quando se espalha por humana terra,
sem tempo para as verdes asneiras
ou tempestades de poeira.
e é assim, na forma ausente,
que tal amor em tudo diferente,
sem verbete e sem caneta, surpreende,
descola das folhas secas, em voo de borboleta.
Bete-Sita
...mas não há norte ou sul
ResponderExcluirquando se espalha por humana terra,
sem tempo para as verdes asneiras
ou tempestades de poeira....
Adorei essa estrofe. Tudo casa perfeitamente no mundo dos sentimentos...
bjs meus
Catita
Obrigada Catia, pela apreciação e pela visita. Bjs e flores.
ResponderExcluir